O Halloween
remonta uma tradição muito antiga dos povos celtas que habitavam países como
Inglaterra e Irlanda. Este povo comemorava esta festa no dia 31 de Outubro em
ocasião do fim do verão. A cerimônia tinha como objetivo cultuar seus mortos e os
adereços fantasmagóricos, como caveiras, serviam para afastar os maus espíritos
que poderiam prejudicar suas vidas e colheitas.
Em
contraposição, a igreja católica da idade média proclamava a comemoração de
finados em data aproximada ao culto dos celtas e condenava a prática da festa
celta pelo fato deste povo ser pagão e fazer apologia a figuras macabras.
Os
Irlandeses levaram a cultura do Halloween para os Estados Unidos, sendo que
estes fizeram adaptações e tornaram festa conhecida através de seus filmes e atividades
escolares. Um ponto forte da comemoração americana é quando as crianças batem
de porta em porta e pedem doces, se não forem atendidas prometem travessuras
aos moradores.
E
o que nós da escola brasileira temos a ver com o famoso Halloween? É até
interessante do ponto de vista histórico e cultural conhecer as práticas dos
antigos celtas e suas celebrações. Outra questão que não se discuti é o
fascínio que crianças e jovens têm pelo desconhecido, pelo oculto, por aquilo
que provoca mistério. A festa do Halloween, com suas bruxas e fantasmas, apesar
de ser uma brincadeira, remete àquilo que o ser humano tem, mesmo sem perceber:
o fascínio pelo macabro. Quer uma prova disso? Quando algum site divulga um
acidente terrível com pessoas mutiladas muita gente corre para a internet a fim
de ver o estrago.
Penso
que o que de melhor poderíamos estimular em nossos alunos seria a cultura de
uma mentalidade sadia, conquistada através de brincadeiras, leituras, estudos,
passeios, artes... Todos com cenários que lembrem o amor ao próximo, o
companheirismo, a superação de limites, o estímulo da fé, o sorriso inocente...
Quem sabe então nos dias 31 de outubro poderíamos comemorar aquilo que o monge
Martinho Lutero tanto lutou em sua época e que também se comemora nesta data: A
defesa da Verdade. É disso que as crianças e jovens de hoje mais necessitam, e
não de doces, e muito menos, de travessuras.
Por: Anísio Júnior P. Souza
Professor de Geografia
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